Nesta sexta-feira (8), às 19h, a Secretaria de Cultura realizou, no Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, a cerimônia de lançamento do edital Regionalizado do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).
Esta é a terceira edição do edital, um marco da democratização do Fundo de Apoio à Cultura, fazendo com que regiões que nunca participaram pudessem ter projetos aprovados. Nesta nova edição serão R$ 8,04 milhões para 121 novos projetos. Em três anos do edital, foram quase R$ 23 milhões investidos para a descentralização de atividades culturais para a população.
Na cerimônia, após apresentação do grupo de teatro de bonecos Mamulengo Sem Fronteiras, acompanhado de um trio de forró, o governador Rodrigo Rollemberg expressou felicidade com mais um compromisso cumprido com a comunidade cultural e afirmou a importância da regionalização e desburocratização no acesso aos recursos do FAC. “Essa é uma mudança extremamente significativa, deixando claro a importância da cultura como instrumento de transformação da cidade.”
O secretário de Cultura, Guilherme Reis, destacou que o FAC é o maior e mais democrático Fundo de Apoio à Cultura do país. Para o poeta Luiz Vitelli, do Conselho de Cultura do DF, antes dos editais regionalizados havia dificuldades para o fazedor de cultura da periferia acessar os recursos do fundo. “Quando o estado nos oferece sempre será pouco, mas há de se reconhecer que houveram muitos avanços”, afirma.
A líder espiritual do candomblé brasiliense e conselheira regional de cultura do Lago Norte, Mãe Baiana, defendeu que a regionalização do FAC é um passo importante rumo à valorização das Regiões Administrativas.” A ideia de regionalizar o FAC não poderia ter sido diferente porque nós, temos de valorizar o nosso povo, cada grupo, cultura. Precisamos valorizar o nosso chão: o chão do Paranoá, de Sobradinho, de Taguatinha, e todas as RAs e seu povo.”
Os projetos inscritos poderão propor quaisquer formatos, atividades ou ações, contemplando as diversas etapas da cadeia produtiva em qualquer área cultural, tais como Artes Visuais e Fotografia; Artesanato; Audiovisual; Cultura digital; Manifestações Circenses; Cultura Popular; Dança; Design e Moda; Gestão, pesquisa, difusão e capacitação nas áreas artística e cultural; Literatura; Música; Ópera e Musical; Patrimônio histórico e artístico, Teatro, entre outras.
Com o objetivo de descentralizar a execução dos projetos e democratizar o acesso aos recursos disponibilizados pelo Fundo, promovendo o intercâmbio e a difusão cultural nas regiões do Distrito Federal, os projetos deverão ser realizados em oito macrorregiões que contemplam as seguintes Regiões Administrativas:
Gama; Santa Maria; Park Way (apenas projetos para a Vila Cauhy, Vargem Bonita, Coqueiros e Córrego da Onça); Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Cruzeiro, Vila Telebrasília; Vila Planalto; Taguatinga; Águas Claras; Vicente Pires; Guará; Recanto das Emas; Riacho Fundo I; Riacho Fundo II; Planaltina; Fercal; Sobradinho I; Sobradinho II; Itapoã; Varjão; Paranoá; São Sebastião; Jardim Botânico; Estrutural; Brazlândia; S.I.A; Samambaia e Ceilândia.